Do coração: Os códigos do amor.

Ás vezes a saudade de você aperta. Uma mistura explosiva do choro da saudade e de tudo o que queria te dizer se forma e até me sinto um pouco enjoada. Não acontece nada. Se eu soubesse que amanhã vou te ver correria para a cama e iria dormir mais cedo só pro tempo passar logo. Provavelmente, você estaria também no meu sonho. Mas já que não é bem assim passo metade da madrugada em claro.

Eu até tento me distrair. Passo o dia e a noite vendo filmes e séries no meu computador, mas não dá pra escapar tão fácil assim de você. Eu vejo um pouco de você quando o cara da série da um conselho bom, e quando a menina está com medo e não admite, me vejo indo até você. E mesmo que nem eu ou você admitimos, somos iguais a eles. É que quando estou com medo você é a primeira pessoa que procuro. Ás vezes não falo nada, nem que estou com medo. Ás vezes só quero guardar isso pra mim mesmo que tenha corrido até você. Mas você também não precisa das minhas palavras. Você só precisa olhar nos meus olhos e vai saber que alguma coisa não tá legal, que eu to mal.

As séries já não estão ajudando muito. Distraio-me da conversa entre os personagens e começo a pensar em você. Chuck e Blair têm minha atenção outra vez quando começam a falar do amor deles quase que em códigos e eu começo a pensar que somos bem parecidos. Se fossemos um casal da ficção, provavelmente os seriamos. Com nossos joguinhos de amor e com um alto nível de expectativa para ver quem diz que ama primeiro.

Sabe de uma coisa, isso é idiotice. Temos na nossa mente e no nosso coração a certeza de que nos amamos. Para que tanto joguinhos? Tanta defesa? Deveríamos não nos preocupar e começar a levar a sério o sentimento. O amor  machuca, o amor queima. Algo que vem tanto para o bem quanto para o mal. O amor é algo puro, quem o transforma em algo ruim somos nós, seres humanos. E, se não pararmos logo com isso, se tornará algo ruim.