quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Do Coração: O seu abraço.


Você tem uma mania insuportável de viver fazendo gracinha. Sabe, aquelas brincadeira estúpidas com seus amigos. Você muda na frente deles e isso é uma das piores coisas que um garoto pode fazer. Como eu odeio isso.
Odeio como você gosta de fazer amizade. Coisa idiota. Talvez só não goste de te dividir com ninguém. Você gosta daqueles desenhos japoneses sem sentido e eu, sinceramente, odeio isso em você. Caramba, você não podia ser pelo menos um pouquinho mais normal? Você adora dizer que se eu não quero tem quem queira. E eu odeio isso. Esse eu joguinho de ciúme. Preciso dizer que funciona, mesmo que eu não goste. Você só vai responder alguém no facebook se realmente for importante, mas você já teve conversas comigo totalmente alienadas. E não era para eu gostar disso, mas gosto.
Você consegue me fazer passar noites em claro só pensando em algumas palavras. Você é tão parecido comigo e ao mesmo tempo tão diferente. Os seus abraços são os mais apertados, e os que eu mais anseio. Ninguém nunca conseguiu me fazer rir como você, ninguém me fazer rir enquanto chorava. Você tem essa coisa toda de querer mostrar que não se importa comigo, mas ninguém nunca ficou tão desesperado por me ver chorar como você. Você sabe, eu choro fácil. Mesmo que eu tente ser forte e segurar o choro, na maioria das vezes não consigo. E você se preocupa. Dá pra ver no seu olhar, no jeito que me abraça, no jeito que fala e nas suas atitudes.  E eu odeio tudo isso.
Eu tenho um medo danada que um dia você me troque por aquela menina que você sabe bem que eu odeio.  E que, eu bem sei, me odeia também. Diz-me, qual é a dela? Ela é o tipo de menina que namora, mas da em cima de todos. E cada vez que você me abraça, ela está por perto. Cada vez que rimos de algo que é só nosso ela está olhando. Nunca passei por algo assim. Nunca vi que poderia, sim, perder você. E o medo me dominou. Cada vez que ela chegava perto de você, eu chegava também. Se ela te dava um abraço, eu queria te dar dez. E quando você me confrontou, morri de medo de perder você para ela. E então, lembrei que não é a primeira vez. Isso já aconteceu com a gente. Eu nunca confrontaria você, mas outras meninas confrontaram. E meu coração se acalmou, pois eu lembrei que você escolheu á mim, e não a elas. E eu odeio que, por causa disso, eu saiba que você sempre estará aqui por mim.
Mas a coisa que eu mais odeio em toda essa confusão é que, mesmo odiando, não consigo realmente odiar. Não tente entender, nem eu consigo. Mas o fato é que mesmo amando, eu odeio. E mesmo odiando, eu amo. E talvez eu odeie tanta coisa que nem caiba aqui. 

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